MÃE
Escorreguei do teu ventre,
nua, indefesa e sem saber o que estava a acontecer.
Reconheci-te pela voz,
e descobri-te através do abraço,
e do teu gostoso mamilo!
Suguei-te e amassei teus seios sem dó,
porque logo te quis sempre minha …
Mãe,
és amor, és dádiva,
és leme em tempo íntimo,
és chama que queima sem fogo,
és o colinho da paz,
és comunhão e cântico sereno,
és rosa sem folhas nem pétalas,
és fonte luminosa quente,
és estrela, és chão,
és fulgor e ilustração.
Mãe, és riso e choro feliz …
és o choro de um riso sem cor.
és um “não posso” e poder sempre!
és vida, és pão, és alegria.
Mãe, tu és um poema
e eu, tua filha,
traduzo-o numa oração
no momento exato de adoração.
Mãe!
Amo-te muito Mãe!
Poema- Milú Almeida
Pintura – ” Maternidade” de Eliseu Visconti (1906) – Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brasil.
Uma vez mais extraordinário poema de Milú Almeida, sublime a descrição “escorreguei do teu ventre” , “”és um não posso” e posso sempre”, as frases qunme tocaram mais e refletem o Amor de Mãe sem limite e incondicional.
Um também um obrigado á minha e a todas as mães.