Visita de Aldeias Históricas de Portugal

A Turma de História de Portugal e do Mundo efetuou nos dias 27 e 28 de Maio de 2022 a sua habitual visita a locais de interesse histórico do nosso país. Pela sua relevância merece aqui um pequeno apontamento.

Contamos com a participação honrosa do Sr. Presidente da Universidade e também da União de Freguesias – Dr. António Brás, fazendo-se este acompanhar da nossa simpática e omnipresente funcionária Patrícia.

O percurso iniciou-se com a visita a Castro de Jarmelo, aldeia histórica cujas origens remontam, pelo menos, desde a idade do ferro e tendo sido transversal à ocupação romana e também à época cristã / medieval.

Seguiu-se, Castelo de Mendo, uma antiga freguesia de Almeida, anterior à fundação do reino de Portugal, em muito bom estado de conservação, exceção à sua Igreja inicial, local este ao qual foi concedido corte de Foral por D. Sancho II, em 1229. A aldeia encontra-se totalmente muralhada com seis portas medievais.

Almeida, aldeia também histórica do nosso país, conquistada em 1190 aos Mouros por D. Sancho I, momento em que ficou apelidado de Almeida. Atenta a sua localização, no decurso de intermináveis guerras daquela época entre os Castelhanos e os Portugueses, ficou arrasada e despovoada, e assim, D. Dinis, aquando do seu reinado, fixou a aldeia / cidade no local onde hoje se encontra, mandou edificar o Castelo e concedeu-lhe Foral em 1296. Posteriormente D. Manuel ampliou as fortificações e a própria Vila e concedeu-lhe um Foral Novo em 1510.

Posteriormente, a viagem seguiu para Pinhel, situada na Beira Alta, cuja origem ascende ao ano 500 AC, tendo recebido o Primeiro Foral em 1209 pelo nosso Rei D. Sancho I. Deve-se a D. Dinis a reedificação do Castelo de Pinhel onde ainda hoje se pode calcorrear parte das muralhas e admirar as suas imponentes torres.

Já ao final da tarde chegada a Trancoso onde pernoitamos. No dia seguinte a visita seguiu para Moreira de Rei, uma freguesia a cerca de 6 km da cidade e aldeia histórica de Portugal. O principal interesse da visita a Moreira de Rei é conhecer uma imensa necrópole Proto Cristã, com cerca de 622 sepulturas, escavadas na própria pedra e no espaço circundante à velha Igreja da Santa Maria, edifício românico em granito datado do Século XII. Aí a comitiva foi prendada para além do Guia do Município, com a presença do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Trancoso, que fez o favor de nos acompanhar na mesma.

Seguidamente a comitiva deslocou se para Linhares da Beira, uma das mais bonitas e conservadas aldeias portuguesas com o seu imponente Castelo ainda muito bem conservado, podendo-se considerar que toda a aldeia de Linhares é um verdadeiro museu ao ar livre.

A comitiva seguiu para Macinhata do Vouga para ali admirar o Museu Nacional Ferroviário – Núcleo de Macinhata do Vouga. Ao final da tarde a comitiva chegou a Válega onde aparentemente pudemos apreciar, permita-se a expressão, “a cereja no topo do bolo”, ou seja a Igreja Paroquial de Válega – Igreja Nossa Senhora do Amparo – que é, sobre o ponto de vista arquitetónico e exteriores, de uma beleza acima do comum. O interior e a fachada exterior principal são forrados a azulejos pintados à mão. A visita teve o seu epílogo por volta das 20.30 na sede da Universidade.

– Carlos Santos Castro

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