Nostalgia Etelvina Ferreira É quando a luz desce em tons dourados Envolvendo as nuvens de algodão, Brilhando num casal de namorados, E nas dunas compõe uma canção. É quando a lua chega vagarosa E o mar se veste, na noite, a festejar, Cobrindo-se de brilho, escreve em prosa, Cartas de amor que lê na brisa […]
Natal – Margarida Rodrigues Num momento de nostalgia, o meu pensamento remeteu-me para o Natal da minha infância. Lembro-me que era uma noite muito especial. Sentado a meu lado, num banco largo de madeira que havia sido aproveitado de um outro móvel velho e que eu considerava só meu, o meu gato Ruca partilhava comigo
A VIDA DAS PALAVRAS Lino de Castro Gostaríamos de iniciar hoje, aqui, uma coluna mensal que propusesse um conhecimento maior, mais escudado, no que à origem e ou significado primeiro tiveram alguns vocábulos ou expressões que com regularidade usamos, nós os falantes da nossa Língua – o Português, a nossa Pátria. Comecemos, então, por
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ENCONTRO AO FIM DA TARDE – Milú Almeuda Que grande brilharete fizemos neste fim de tarde, deste dia quente reunidos no parque, como se fossemos família que se alisa e acalma … Soube tão bem! Soube mesmo bem! Duas horas passadas com amigas, a falar um pouco de tudo, do dia passado, do verniz estragado
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Música Margarida Rodrigues A música é uma forma de libertar o espírito, afastar sentimentos negativos, aprender idiomas e muito mais. Como expressão artística, a música tem as mais variadas formas de interpretação. Lembro-me de andar muitas vezes a cantar. O pai incutiu-nos o gosto pela música e tenho mesmo a ideia que ele passava os
Mudam-se os tempos… Etelvina Sousa Ferreira Nos últimos tempos as férias têm mudado de cara. Aquilo que antes era sinónimo de malas no carro e crianças excitadas no banco de trás, hoje assume contornos diferentes. Se antes a família se organizava para longas viagens de carro, com paragens estratégicas para lanches e jogos de palavras,
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Imagem: Etelvina S. Ferreira Às vezes consigo ver-te na noite dos meus sonhos – António Ferraz Os sonhos não são mais do que pedacinhos da tua liberdade, dizias-me tu deitada no meu ombro, despertos já do sono da manhã. Eu ouvia-te e recontava outros sonhos sonhados de tantas noites, do vazio da hora quando acordava,
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A personagem no museu (Homenagem ao Museu da Filigrana e ao seu filigraneiro) Maria José Moura de Castro Estamos no ano 2067, na Casa Branca de Gramido, localizada na Travessa Convenção de Gramido,41, Valbom. Com vista para o precioso rio Douro, na famosa terra de Gondomar, terra de ourives e/ou filigraneiros. A Casa Branca de
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Eu quero morrer contigo – António Ferraz Eu quero morrer contigo nas arcadas do luar. Perdido de solidão na praia da tua mão, na espuma branca do mar. Eu quero morrer contigo na fímbria do teu saiote; à luz do amanhecer, à sombra do entardecer, na dobra do teu decote. Eu quero morrer contigo
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Portugal em chamas: a dança das labaredas – Artur Sousa A língua de fogo serpenteia as colinas e os vales em busca de alimento. Anuncia-se, apruma-se e move-se exibindo toda a sua força. Destrói, por vezes mata, vai-se embora conforme veio. É insaciável no apetite voraz. A besta já se anunciava havia horas. Galgando colina
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